Rede Municipal de Ensino de Benevides celebra o Dia do Folclore Brasileiro
A data relembra a importância de valorizar as inúmeras manifestações folclóricas no país.
Secom
Nessa segunda-feira, 22 de agosto, se celebra o Dia do Folclore Brasileiro. A data relembra a importância de valorizar as inúmeras manifestações folclóricas no país.
A Amazônia é rica em histórias que são narradas por meio de manifestações culturais, contos e lendas, passadas de geração em geração, capazes de brincar com o imaginário das pessoas.
Em comemoração, as escolas da Rede Municipal de Ensino de Benevides, prepararam um dia envolvente com histórias, apresentações folclóricas, danças regionais e comidas típicas da região.
Aos 14 anos, o aluno, Davi Alejandro, se considera um contador de histórias bizarras. Ele gosta de envolver as pessoas em suas histórias e acredita que elas podem aprender muito com elas.
“Eu acho muito legal contar histórias, gosto de ver as pessoas curiosas sobre aquela história e aí elas também vão contar e acreditar. Acredito que elas também vão aprender com os erros e fazer coisas boas. Eu gosto mais de histórias bizarras. A minha história favorita é a do corpo seco”, disse o estudante.
Em uma sala decorada, sombria e com sons da floresta, os alunos da escola José Salomão se reuniram para brincar com o imaginário, revivendo várias lendas amazônicas, momento oportuno para compartilhar histórias e saberes populares. Segundo o coordenador pedagógico, Igor Marques, as datas memoráveis são ótimas ocasiões para sair do método tradicional de sala de aula.
“A ideia é trazer o aluno mais próximo da realidade dele dentro da escola, mesmo que tenhamos que redobrar os nossos esforços pra entender a realidade de cada um e onde ele está inserido. O aluno não vem pra escola somente para estudar o método tradicional dentro da sala de aula, mas ele vem também para compartilhar. Assim, ele deixa de ser aquele membro da comunidade escolar que só recebe informações, mas também compartilha os saberes populares, as crenças e as culturas trazidas do meio social em que ele vive”, enfatizou o professor.
Lendas como a da yara, curupira, boitatá, matinta pereira, saci, boto cor-de-rosa, foram retratas pelos alunos. A pequena Laura Martins, de 9 anos, da escola Pirilampo, incorporou a Cuca, um personagem lendário que é conhecido por capturar crianças desobedientes.
“A semana do folclore foi muito boa. Eu gosto muito de participar dessas festas na escola. O meu personagem foi a Cuca e eu gosto muito de fazer a Cuca”, contou a aluna.
As manifestações culturais nas escolas também contam sempre com a participação de toda a comunidade. Dona Mercedes Queiroz, mãe da aluna Ana Luiza de 4 anos, da escola Gerson Peres, faz questão de participar das atividades e incentiva a filha a interagir nessas ocasiões.
“Eu me sinto muito feliz em participar desses momentos na escola. Eu sinto que faz muito bem para ela esses momentos de interação com outras crianças e eu não corto, gosto que ela participe, que ela se desenvolva”, disse a mãe.
Confira a lenda do "Corpo Seco", contada pelo aluno Davi Alejandro:
Havia um homem que bateu em sua mãe e em seu pai, por isso ele foi expulso de casa. Um pouco mais tarde, ele morreu. Nem o céu, nem o inferno, e nem a terra aceitaram ele. O homem foi cuspido pela terra e aí ele teve que viver vagando por aí, assustando pessoas toda a sexta-feira. Por isso, não devemos bater e nem desrespeitar a mãe e o pai, porque é um pecado muito grave, muito forte.